Brigada contra o Aedes aegypti deverá vistoriar palácio do governo de MT

O governo de Mato Grosso instituiu, por meio de portaria, uma brigada de combate ao mosquito Aedes aegypti no Palácio Paiaguás, localizado no Centro Político Administrativo, em Cuiabá. Os trabalhos serão desenvolvidos por cinco servidores lotados na Vice-Governadoria, Casa Civil, Gabinete de Governo, Casa Militar e Gabinete de Comunicação, sob a coordenação da Casa Civil. O mosquito é transmissor de doenças como dengue, zika vírus e febre chikungunya.

A medida do governo levou em consideração, entre outros fatores, uma portaria do Ministério da Saúde que declarou situação de emergência em saúde pública por causa do alto índice de pessoas infectadas pelo zika vírus.

O vírus, que já chegou a mais de 20 países e tem a propagação no mundo tachada como "explosiva" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é associado à microcefalia, ou seja, bebês que nascem com o crânio do tamanho menor do que o normal. Em Mato Grosso, estão em investigação 110 casos suspeitos de microcefalia identificados neste ano, segundo informações da Secretaria de Saúde (SES). Os casos estão espalhados em 52 municípios.

A brigada de combate ao aedes aegypti deverá, durante 90 dias, identificar e acabar com os focos e criadouros do mosquito nas instalações do Palácio Paiaguás. A equipe deverá fazer vistorias diárias e fazer relatório semanal das ações realizadas. O prazo dos trabalhos poderá ser prorrogado.

No último dia 15 de janeiro, o governo de Mato Grosso instituiu um comitê interinstitucional de mobilização e combate ao mosquito.

Dengue

O aumento no número de casos de dengue no estado também preocupa. Foram registrados 2,9 mil casos de dengue neste ano, 256% a mais do que o registrado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) no mesmo período de 2015, quando 821 casos foram notificados.

Segundo o estado, entre os municípios com maior ocorrência de dengue estão Sinop (238), Cuiabá (47), Várzea Grande (36) e Rondonópolis (23).