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SES convoca SISMA e pede ajuda na condução


22-01-2016 11:02 -

O secretário de Estado de Saúde, Eduardo Bermudez convocou na manhã de ontem (21.09) o presidente do SISMA, Oscarlino Alves para uma reunião. No encontro que teve ainda a participação do advogado que compõe o Jurídico do SISMA, Bruno Alvarez e da secretária adjunta de Administração Sistêmica, Josiane de Andrade, Bermudez apontou a grande dificuldade que tem enfrentado na realização das ações de Saúde nas unidades da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Os gestores da Saúde iniciaram o diálogo assinalando que 2016 é um ano crítico do ponto de vista econômico e solicitando do Sindicato auxilio para resgatar no servidor da Saúde a motivação, por meio da valorização.

De acordo com o secretário a SES está travada em função de alguns servidores públicos da carreira do SUS não estarem dispostos a colaborar na realização de atribuições que estão no bojo de suas competências. Diante disso, o secretário pediu auxilio do Sindicato na condução com os trabalhadores.

Oscarlino lembrou que a valorização do servidor não está atrelada apenas nas questões financeiras, mas principalmente em promover condições dignas de trabalho. “Nosso servidor deseja ferramental para desenvolver a contento suas atribuições”, afirmou. O dirigente salientou ainda que todas as secretarias enfrentam problemas com desmonte, com falta de estrutura e recursos humanos, assunto este que já foi debatido por diversas vezes entre Governo e Fórum Sindical.

O presidente do SISMA relatou ainda a Bermudez a desmotivação histórica dos trabalhadores em função do desmonte da política do SUS em Mato Grosso que viram as tomadas de decisões unilaterais, sem a participação dos mesmos, a desmoralização do Conselho Estadual de Saúde (CES), privatização das unidades hospitalares, precarização de todas as unidades de saúde espalhadas pelo Estado, sucateamento, passando ainda pelos 13 anos sem concurso público que levaram a categoria a ficar desmotivada, acuada, alguns em sua zona de segurança e conforto.

Bermudez reiteradas vezes pediu apoio do Sindicato para planejar as mudanças necessárias na Saúde, a qual o sindicalista frisou que só será possível com a reestruturação na Atenção Primária e na condução da Gestão de Pessoas. O secretário ponderou como fundamental a participação do Sindicato e dos servidores neste processo de promoção de ideias conjuntas para mudar o cenário e assim recuperar a dinâmica na pasta. “Precisamos dos servidores neste processo”, afirmou.

O Sindicato defendeu a tomada de algumas decisões paliativas urgentes que poderão contribuir no pedido que o SISMA poderá fazer a categoria, visando resgatar o trabalhador da desmotivação. Entre as decisões estão:

  • Fazer o processo do estudo do Concurso Público da Saúde andar e coletar autorização do governador (Processo nº 432360/2015);

  • Reestruturação da Superintendência de Gestão de Pessoas da SES (o secretário defende a elevação deste setor à Secretaria Adjunta de Gestão de Pessoas);

  • Quitação imediata dos processos de Adicionais de Plantão, de Insalubridade e Noturno, entre outros que encontram-se parados na SES;

  • Plano de Ação para enfrentamento do sucateamento das unidades de Saúde a exemplo do MT Hemocentro que atualmente não tem fornecedor dos lanches fornecidos aos doadores de sangue;

  • Transparência e participação direta dos trabalhadores na discussão do modelo de gestão a serem adotados na SES;

“Essas foram às condições para auxiliarmos a SES no chamamento e recondução dos trabalhadores no caminho áureo ao progresso”, afirmou o dirigente sindical.

O secretário se comprometeu a desencadear essas ações imediatamente e pediu aproximação e ajuda do Sindicato.

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Oscarlino explicou a Bermudez que o SISMA não é uma entidade corporativista e que não visa passar a mão na cabeça de nenhum trabalhador que não esteja disposto a produzir e justificar o recebimento dos seus salários. “O SISMA é o escudo protetor dos trabalhadores em suas demandas funcionais, e essas demandas aqui pontuadas para melhoria das condições de trabalho irão demonstrar as boas intenções da atual gestão da SES na recondução da categoria dos trabalhadores do SUS estadual a entenderem e abraçarem a causa com confiança, sem medo de assumir desafios e outras responsabilidades que lhes forem designadas”, avaliou.

O secretário frisou o desejo de ter os servidores da Saúde no protagonismo das ações, focados na melhoria da prestação de serviços de saúde à sociedade mato-grossense. Oscarlino lembrou que as condições para implementação imediata dos planos de ação foram colocadas em discussão, e se atendidos a categoria será convocada a dar a mãos e mudar o atual cenário.

Em linhas gerais Oscarlino analisa como produtiva a reunião. Porém, o dirigente foi enfático ao pedir celeridade nas ações do gestor, visto se tratar de assuntos recorrentes e já pautados em debates e gestões anteriores. “O trabalhador da Saúde, assim como o Sindicato estão prontos para atender a clientela do SUS, mas precisamos de ferramental, até aqui os trabalhadores se mostraram verdadeiros guerreiros na manutenção dos serviços, chegando muitas vezes a adoecer junto com o paciente na ponta”, concluiu.

“O momento é de discutir olho no olho, de buscar a resolução dos impasses criados ao longo destes anos de desmonte, curar as profundas cicatrizes adquiridas e auxiliar na retomada do protagonismo na Saúde. É hora de mudarmos esse caminho, sem revoltas e acusações”, conclama o presidente do SISMA.

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