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Pacientes não conseguem remédio de alto custo para diabetes em MT


20-01-2016 13:39 -

Pacientes que estão em tratamento contra a diabetes não estão conseguindo retirar a medicação na Farmácia de Alto Custo, em Cuiabá. De acordo com os pacientes, o problema ocorre há alguns meses desde que houve uma mudança de portaria da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

A proposta da superintendência de assistência farmacêutica seria readequar o tratamento dos pacientes para que eles passem a usar outros medicamentos disponíveis na Farmácia de Alto Custo.

Em algum dos casos, os pacientes conseguem os remédios usando o próprio dinheiro e tomam a medicação em dias alternados, contrariando o tratamento. É a situação da dona de casa Maria José de Freitas. Há 30 anos ela foi diagnosticada com diabetes e precisa tomar diversos medicamentos para sobreviver. Antes ela conseguia gratuitamente os remédios na Farmácia de Alto Custo, no entanto, isso não acontece mais.

“Eu já não consigo caminhar direito. Eu tenho que estar me firmando, não posso fazer nenhum serviço da casa, não posso varrer porque não tem firmeza nas pernas mais”, lamentou. A dona de casa diz que não tem condições de comprar os remédios todos os meses. Eles custam aproximadamente R$ 300. Ela diz que só usa a medicação quando o marido dela consegue pagar.

“Quando eu posso comprar eu tomo e diminuo os dias [de uso]. Um [remédio] eu tenho que tomar duas vezes ao dia. Aí eu tomo um comprimido por dia. Aí o outro [remédio] é uma vez ao dia. Mas aí eu tomo um dia e passo dois sem tomar”, explicou.

O motivo da falta de medicação é o fim de uma portaria da SES, que ampliava o acesso para retirada de diversos medicamentos na Farmácia de Alto Custo, entre eles os destinados ao tratamento de diabetes. Desde agosto do ano passado, conseguir um desses medicamentos ficou mais difícil.

“A proposta da portaria era tentar diminuir as demandas judiciais e como nós não tínhamos orçamento pra atender todos os pacientes, houve dessa forma um aumento das demandas judiciais. O que pensava que reduziria, pelo contrário, houve um aumento das demandas porque a gente não tinha controle dessas medicações que estavam sendo solicitadas”, declarou Rosana Souza Duarte, superintendente de assistência farmacêutica.

A orientação é que os pacientes vão até a Farmácia de Alto Custo para que uma equipe passe orientações de como conseguir os medicamentos. “Hoje estamos com uma equipe na farmácia para orientar esses pacientes. Estamos com médicos e farmacêuticos para readequar o tratamento deles e reinserir esse paciente dentro de outras terapias medicamentosas disponíveis no SUS [Sistema Único de Saúde]”, orientou.


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