Obra de posto de saúde abandonada vira alvo de furtos em cidade de MT

Abandonada há mais de um ano, a obra de um posto do Prograama de Saúde da Família (PSF), no Bairro Noise Curvo, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, tem sido alvo de furtos. Segundo os moradores, os criminosos entram no canteiro de obras e levam os materiais de construção. A obra deveria ter sido entregue em maio de 2014.

De acordo com o secretário de Governo de Várzea Grande, Juarez Toledo Pizza, as duas obras apresentam problemas. "Todas as obras têm problemas de execução na parte física, além da questão contratual que está vencida. Já comunicamos o Tribunal de Contas da União e uma nova licitação será feita”, explicou.

Ainda segundo Pizza, a administração anterior fez um planejamento equivocado durante a distribuição dos PSFs. No entanto, segundo o antigo secretário, Daoud Abdalla, a construção segue um estudo, que apontou aumento da população nos bairros, demandando maior atendimento.

Segundo os moradores do bairro, além de conviver com a falta de atendimento médico, eles também lidam com a insegurança. “É uma tristeza para nós aqui do bairro, porque a gente precisa de atendimento e não têm. E aqui é cobra, é ladrão, é tudo que se pode imaginar, e o dinheiro sendo jogado fora”, disse a autônoma Kátia Maria Muniz.

Há aproximadamente 10 dias, três homens foram presos em flagrante tentando levar parte das telhas da construção em uma caminhonete. Segundo a moradora Patrícia Moreira, os próprios moradores chamaram a polícia durante a ação. Ainda segundo a moradora, em outra ocasião, um caminhão estacionou próximo à construção e levou uma caixa d’água.

De acordo com os moradores, além dos furtos, o local têm se tornado esconderijo para usuários de drogas.

Os moradores foram surpreendidos ainda com a construção de outro PSF ao lado da obra inacabada. No entanto, a placa na frente da obra indicava que a unidade pertence, na verdade, ao bairro vizinho, Aurília Salles.

O presidente da associação de moradores do Bairro Aurília Salles, Alessandro Moreira, disse que não entende porque a construção do PSF foi feita em outro bairro. “Nós nem sabíamos que a obra era um posto de saúde, descobrimos outro dia quando colocaram a placa”, contou. Porém, a segunda construção também está parada.