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VLT: Estado tem 5 dias para tomar decisão


20-08-2015 10:37 - YURI RAMIRES

O Estado tem até a próxima segunda-feira (24) para decidir se retoma ou não as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O prazo adicional de cinco dias foi pedido pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), uma vez que ainda estão debatendo com os demais órgãos do governo alguns pontos do cronograma apresentado pelo Consórcio VLT.

Sendo assim, o juiz Ciro de Andrade Arapiraca, da 1º Vara Federal de Mato Grosso, concedeu o acréscimo solicitado, no intuito de que a briga entre as partes (Estado e Consórcio), que já dura alguns meses, tenha um fim e o funcionamento do modal aconteça dentro do estabelecido.

O primeiro prazo dado pela Justiça terminou na última terça-feira (18). Conforme a Secretaria de Estado de cidades (Secid), a nova data de entrega já estava solicitada antes mesmo do vencimento.

Uma das quedas de braço entre as partes envolve o pedido de um aditivo de R$ 400 milhões. O governo já deixou claro que não vai ceder a isso, uma vez que a obra já está avaliada em mais de R$ 1,4 bilhão.

Caso haja o acordo, as obras serão retomadas de forma imediata. Se não houver, quem vai decidir o futuro do modal em Cuiabá e Várzea Grande será a própria Justiça Federal.

No cronograma apresentado pelo Consórcio VLT, a obra no trecho Aeroporto/Porto estava estimada para começar em 1º de julho e finalizar em 2 de agosto de 2016. Já são mais de 40 dias de atraso no novo cronograma, já que as obras ainda seguem suspensas.

A segunda fase de obras, referente ao eixo Centro/CPA, de acordo com o documento deve começar em 18 de abril de 2016 e finalizar no dia 14 de outubro de 2017. A terceira e última faze, no trecho Morro da Luz/Coxipó, começa em 23 de maio de 2016, sendo finalizada em 7 de setembro de 2018.

Enquanto o impasse não é resolvido, nas ruas o sentimento é o mesmo entre a população. “Eu me sinto enganada, é um misto de raiva e tristeza”, disse a comerciante Maria Aparecida, 39 anos.

A raiva, segundo ela, é por ter acreditado em “promessas de políticos” e a tristeza é por querer melhorias e modernizações na cidade. “A gente precisava disso, seria importante para o desenvolvimento das duas cidades”.

Já Marcelo Souza disse que nunca acreditou que o VLT sairia do papel e que continua não acreditando. “Já gastou muito, agora vão gastar para refazer os canteiros e depois vão gastar mais para destruir tudo? Não faz sentido nenhum. Eu apoio é a construção das ciclovias”.

Para Cleosmar Pereira, o trecho já construído em Várzea Grande, bem como o Centro de Controle do VLT, se tornará um ponto turístico. “Não vai ficar pronto isso aí, vai virar um local de visitação”.

Carlos dos Reis foi além; para ele, as estruturas vão virar ferrugem e, no futuro, o VLT se tornará uma lenda. “Nunca existiu e não vai existir”.
 


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