Faltam moedas no comércio em Cuiabá

 As moedas deixadas em 'porquinhos' em casa, são sinônimos de economia financeira. Mas tem feito falta no comércio, principalmente para utilização como troco. Embora o Banco Central do Brasil (BCB) já tenha disponibilizado 343 milhões de unidades novas de moedas em circulação neste ano, comerciantes de Cuiabá reclamam que muitas vezes não possuem moedas disponíveis em caixa para uso nas vendas.

O vendedor Carlindo Alves Bastos, 42 anos, diz que muitas vezes precisa recorrer aos comerciantes vizinhos para trocar notas por moedas. “É complicado ficar sem moeda para troco. Existem valores que precisam ser dados em moeda, e a única solução quando estou nestas situações é trocar com os colegas”.

O vendedor de água e refrigerantes, Reinaldo Alves Pereira, 42, também reclama da ‘escassez’ das moedas em caixa. “Todos os dias trago em média R$ 20 em moeda para poder oferecer como troco, mas ao longo do dia, o dinheiro vai sendo trocado e muitas vezes eu fico sem moedas”. Já o proprietário de uma pastelaria, Expedito Carvalho, 70, diz não ter problemas na hora de oferecer troco aos clientes. “Moeda tem que sobra. Não tenho problemas com os trocos”.

Disponibilidade

O Banco Central estima que exista a média de 116 moedas por habitante. Valor é calculado a partir da quantidade de moedas em circulação, que é de 23,5 bilhões de unidades de moedas ou R$ 5,8 bilhões em valor, o que corresponde a uma disponibilidade per capita de R$ 28 em moedas.

A assessoria do BCB esclarece que embora a produção de numerário, desde 2014, tenha sido impactada por necessidade de redução da despesa pública no âmbito federal, o Banco tem administrado os estoques disponíveis com a finalidade de atender as demandas em âmbito nacional.

Recentemente a instituição financeira voltou a receber moedas novas produzidas pela Casa da Moeda e que já estão disponíveis para os bancos.