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Religião faz bem à saúde, diz estudo


17-08-2015 14:18 - ALECY ALVES

Ter fé em Deus e praticar uma religião pode ser mais importante à saúde física e mental do que se imagina. Mais do que ter dinheiro ou realizar-se profissionalmente.

Pelo menos é isso o que releva uma pesquisa independente realizada em diversos países pela Escola de Negócios e Ciências Políticas de Londres, Inglaterra.

O estudo que durou quatro anos e envolveu 9 mil europeus acima dos 50 anos, apontou que mais de 90% dos entrevistados consideraram a vivência religiosa como o hábito mais saudável para o físico e a mente. E ainda, que ir à missa, por exemplo, é mais saudável que fazer exercício físico.

No Brasil, não se tem conhecimento de pesquisa similar. Entretanto, é certo que boa parte dos brasileiros se apega à religião para enfrentar as agruras, doenças, preencher vazios deixados por perdas de entes queridos, buscar respostas aos próprios questionamentos e insatisfações – ou simplesmente agradecer pelo dom da vida.

Síria da Silva Santana, 56 anos, passa mais tempo na igreja do que na própria casa. Depois de trabalhar por 33 anos como faxineira em escolas públicas, atividade da qual se aposentou, ela sabe que não precisaria sair da cama cedo, antes das 6hs, tampouco viajar por duas horas em ônibus lotados para chegar até o templo onde faz as orações e trabalha como voluntária.

Todavia, diariamente, de segunda à sexta-feira, ela sai de casa, no bairro Asa Bela, em Várzea Grande, para frequentar uma igreja (Senhor dos Passos) no centro de Cuiabá, a quase 20 quilômetros de distância.

Duas vezes na semana ela trabalha na cozinha da igreja, preparando e servindo refeições para moradores de rua. Os outros três dias passa limpando o chão, cuidando das imagens e outros utensílios e preparando o ambiente para as missas.

No retorna para a casa, no final do dia, muitas vezes vai direto para casas de famílias fazer o cenáculo de orações. “Quando chego em casa já passam das 9hs (21hs)”, conta.

É assim que Síria se sente bem, forte e em paz consigo mesma. Com a mente em equilíbrio e com saúde e vigor físico, pronta para repetir a mesma jornada no dia seguinte.

Casada há 28 anos com Valdevino Santana, mãe de dois filhos, Manoel, 26, e Andreza, 24, Síria conta que todos da família estão de acordo com a vivência religiosa dela. E até participam dos atos religiosos, não na mesma intensidade que a matriarca.

O marido, garante, a apoia. “Temos um acordo sobre a divisão dos afazeres domésticos que inclui, por exemplo, que quem chega primeiro prepara o jantar”, conta.

Desde a adolescência ela gostava de ir à igreja e sabia que a religião lhe fazia bem, despertando sentimentos de paz, amor e solidariedade em relação ao próximo. Síria carrega consigo algumas convicções sobre a relação de Jesus Cristo com as pessoas. “Ele nos testa, testa nossa fé e o dom de servir ao próximo”, diz.

Um dos testes, analisa, seria alguém batendo à sua porta pedindo um prato de comida. Esse ato é visto por ela como um sinal da presença divina, de Jesus verificando até onde vai seu amor ao próximo e está disposta a praticar a fé, o que prega a religião.

Respeitar e servir quem precisa, assim como praticar e divulgar a fé, avalia, não são manifestações de temor, mas modos de atender um desejo de Deus. “Não sou nada, ninguém, sem minha religião, sem Jesus”, completa.
 


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