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Leonardo reúne com organizações mundiais, para dabater hanseníase


12-08-2015 13:19 -

Mato Grosso possui a maior taxa de incidência de hanseníase no Brasil. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontam que o estado ocupa o primeiro lugar em coeficiente da detecção geral em relação aos 27 estados da Federação. Em 2014, foram identificados 2.903 casos para detecção geral e 206 novos casos em menores de 15 anos. Dos 141 municípios destacam-se Cuiabá com 352 casos, Várzea Grande com 215, Rondonópolis com 123, Sinop, Tangará da Serra, Cáceres, Sorriso e Alta Floresta com 205 casos.

Considerada a doença mais antiga da humanidade, a hanseníase ainda representa um grave problema para a saúde pública brasileira. Único país no mundo a não estar em fase de erradicação da doença, o Brasil não cumpriu com a meta da Organização das Nações Unidas (ONU), de eliminar a hanseníase até 2015. Dados do Ministério da Saúde, em 2014, 31.064 casos novos de hanseníase foram identificados em todo o país, o que corresponde a um coeficiente de incidência de 15,32 novos casos da doença por cada 100 mil habitantes.

Para discutir esta situação e recomendar medidas emergenciais, o embaixador da ONU para eliminação da hanseníase, o japonês Yohei Sasakawa reuniu com o deputado estadual, doutor Leonardo (PDT), a reitoria da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e representantes da Organização Pan Americana de Saúde (Opas) e do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).

Preocupado com os números alarmantes da doença no estado, Sasakawa disse que quer contribuir dando apoio, para ajudar na eliminação da doença, em Mato Grosso e no Brasil. O embaixador lamentou que dos 120 países que ele já percorreu, o Brasil ainda está nessa situação agravante. O embaixador pediu ao deputado doutor Leonardo que sensibilize os Poderes do estado, destacando que este é um trabalho humano, com foco no doente.

"Tenho 76 anos, não viverei muito tempo; mas, eu ainda quero ver esse estado ser modelo, referência no combate da hanseníase. O protagonista será o governo; nós vamos atender aos pedidos na medidade do possível e dar apoio necessário. Trabalhando juntos, acredito que não será difícil. Sensibilizando as pessoas, os Poderes, conseguiremos em até cinco anos resultados surpreendentes", disse.

A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente. Como a transmissão da doença é interrompida 48 horas após o início do tratamento, o Brasil teria todas as condições para eliminar a hanseníase. No entanto, o país concentra o maior número de casos da doença em todo o mundo.

Muito antes de ser deputado, doutor Leonardo já vem lutando contra a epidemia. Trabalhou durante cinco anos como médico voluntário no Hospital Samaritano de Cáceres, no tratamento de doenças como hanseníase, tuberculose e lesões de pele. Para o parlamentar, a vinda do embaixador é um marco para Mato Grosso.

Vice-líder do governo, ele afirmou que o Estado vai honrar com o compromisso de campanha, que é eliminar a doença. "Eu me comprometo e não medirei esforços para sensibilizar toda a sociedade mato-grossense. Há muitos anos já venho trabalhando no combate desta doença. Fiquei emocionado em receber o embaixador e acredito que a data de hoje é um marco para nosso estado, pois estamos somando esforços internacionais", destacou.

Vale destacar que o deputado doutor Leonardo promoveu em maio, na Assembleia Legislativa, uma audiência pública para debater o assunto e pretende no segundo semestre deste ano, realizar um Fórum Interestadual de Combate e Controle da Hanseníase.
 


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