Empresa na Saúde promete debate na AL

A criação de uma empresa pública para gerir unidades de saúde estaduais promete gerar debate na Assembleia Legislativa. A previsão é do deputado Emanuel Pinheiro (PR), presidente da comissão permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social do Parlamento.

A expectativa do republicano em relação ao tema se deve ao fato de a Prefeitura de Cuiabá já ter passado pelo mesmo processo em 2013. Na época, o próprio Conselho Municipal de Saúde se posicionou contra a criação da empresa na Capital e, por fim, só autorizou a atuação dela junto à gestão do hospital São Benedito, inaugurado recentemente.

“Acho que a polêmica é inevitável. A estrutura municipal é menor,estão todos mais próximos, o que ajuda a chegar a um denominador comum. Em um Estado como Mato Grosso, que tem essas grandes distâncias, tudo tem que ser avaliado, até a questão de diferenças culturais de uma região para outra”, avalia.

Emanuel cita como exemplo o caso das organizações sociais de saúde (OSSs), que deram certo em Rondonópolis e Cáceres, mas não funcionaram em outros municípios, onde o Estado precisou reassumir as gestões de hospitais.

“Na época da implantação das OSSs parecia uma boa ideia e eu fui um dos deputados que votei a favor. Mas em alguns locais não deu certo, por isso que temos que ter todo o cuidado agora”,pondera o deputado, ressaltando que, a princípio, vê com bons olhos a iniciativa do governo.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Marco Bertúlio, a ideia é criar um instrumento de administração direta das unidades de saúde do Estado que permitisse mais celeridade na tomada de decisões. A proposta de uma empresa pública ainda é avaliada juridicamente, mas tem grandes chances de ser a escolhida pelo governo, tendo em vista que já funciona em outros Estados e na Capital.