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VÁRZEA GRANDE: Ex-secretário se defende de acusações


03-08-2015 09:58 - MARCELO FERRAZ

O ex-secretário de Saúde de Várzea Grande, Daoud Jaber Abdallah, defendeu-se esta semana das acusações de que a administração do ex-prefeito Wallace Guimarães seria a responsável pela compra ou por deixar vencer uma grande quantidade de medicamentos encontrada pela atual gestão.

Munido de documentos, Daoud concedeu entrevista ao DIÁRIO e mostrou que boa parte dos remédios vencidos mostrados na denúncia (20 mil caixas) já havia sido alvo de investigação do Tribunal de Contas da União no ano de 2012, ou seja, mais de um ano antes de Wallace assumir a prefeitura, em janeiro de 2013.

“Esses remédios foram comprados em 2011, 2010 ou mesmo antes, mas estavam estocados no Centro de Controle de Zoonoses, primeiro à espera de que o TCU concluísse a auditoria, e depois que licitássemos uma empresa para fazer a incineração”, afirma Daoud.

Em relação aos demais medicamentos vencidos, Daoud afirma que são resultado de grande compras feitas no ano de 2012, marcado por grande instabilidade política no município (nesse ano pelo menos cinco gestores assumiram a prefeitura municipal).

“Em 2013, quando Wallace assumiu, pediu para que eu fizesse um acompanhamento rigoroso do estoque de remédios, porque nos deparamos com mais de 258 mil comprimidos com prazo de validade vencido e outra grande quantidade a vencer; nesse ano, e também em 2014, nós tivemos que fazer várias doações a Cuiabá e a outros municípios vizinhos, para que não houvesse mais perdas”, diz Daoud.

Daoud diz estranhar que o atual secretário de Saúde, Cassius Clay de Azevedo, esteja a denunciar algo do qual ele mesmo e sua equipe, que é a mesma da gestão anterior, sempre estiveram cientes.

Segundo Daoud Abdallah, durante sua gestão a Secretaria de Saúde fez apenas compras pontuais de medicamentos, uma vez que havia uma quantidade absurda para ser utilizada ou doada. “Fazíamos apenas compras de itens que estavam em falta e para uma duração de no máximo 45 dias”, afirma.

De acordo com o ex-secretário, dos medicamentos vencidos ora denunciados a gestão Wallace não tem responsabilidade nem por 5% deles. “Isso pode ser comprovado por notas fiscais. Tanto eu, quanto o prefeito Wallace, estamos tranquilos em relação a isso. Só lamentamos as insinuações sem sentido”.

A reportagem do DIÁRIO tentou insistentemente falar com o secretário Cassius Clay sobre a declaração de que ele sempre esteve a par da situação do estoque de remédios do município, mas não obteve êxito.

De qualquer modo, por meio de release a Prefeitura de Várzea Grande informou que a atual gestão ainda está finalizando um relatório sobre os remédios – e que tudo será entregue ao Ministério Público Estadual. Um primeiro relatório já teria sido entregue.
 


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