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MT Saúde - Quimioterapias suspensas


04-10-2012 14:33 - Diário de Cuiabá

Os pacientes que possuem o MT-Saúde precisam conseguir uma decisão liminar na Justiça para obter os serviços incluídos nos plano de saúde que pagam mensalmente. A Defensoria Pública de Mato Grosso informou que já tem mais de 20 ações referentes a ausência de atendimentos e processos cirúrgicos por parte da cooperativa nos últimos dez dias. 

O defensor público João Paulo Carvalho, responsável pelas ações referentes ao MT-Saúde, explicou no último levantamento, realizado na semana passada, das 20 ações abertas, pelo menos dez são referentes à interrupção ou negação em se fazer quimioterapia em pacientes com câncer. 

Em reportagem publicada no Diário desta terça-feira, pacientes relataram dificuldade em conseguir o tratamento, sendo que muitos foram encaminhados para Unidades Intensivas de Tratamento (UTI) e aguardam há mais de uma semana pela quimioterapia. 

De acordo com Carvalho, por conta do grande número de ações relativas ao tratamento de câncer, até sexta-feira será aberta uma ação coletiva para que os procedimentos necessários à estes pacientes não sejam suspensos. “Estes pacientes não podem ficar sem receber o tratamento, pois quanto mais rápido feito, maior as chances de cura. Por isso faremos uma ação coletiva específica”, esclareceu. 

Outros casos envolvem a recusa em procedimentos cirúrgicos ou atendimento de rotina a pacientes que necessitam de um acompanhamento constante. Este é o caso da professora aposentada E. P. M., de 73 anos. Ela conseguiu no dia 21 de setembro uma liminar que determina a realização de uma cirurgia que estava marcada para o mesmo dia. 

E.P.M. tem um tumor no intestino e já havia feito todos os exames necessários para que a cirurgia fosse feita no dia 21. No entanto, um dia antes, a secretária do médico ligou informando que todos os procedimentos cirúrgicos do MT-Saúde haviam sido suspensos, inclusive a dela. 

O Estado, no entanto, não cumpriu a decisão judicial, o que fez com que familiares retornassem à Defensoria Pública. Atendidos pelo defensor público Francisco Framarion, foram orientados a buscar um orçamento para a realização de todos os procedimentos em uma unidade particular de saúde. A partir deste documento, como valor do custo do tratamento, Framarion vai impetrar uma ação com o intuito de bloquear tal montante dos cofres públicos do Estado para garantir a cirurgia em um hospital particular. 

Outro caso é o do aposentado Etevaldo Paes da Conceição, 76 anos. De acordo com seu filho, Eduardo Conceição, o pai tem por volta de R$ 400 descontados de sua folha de pagamento todos os meses, com o objetivo de ser atendido pelo MT-Saúde quando precisar. Ele contou que Etevaldo tinha uma consulta de rotina com um cardiologista, no entanto, ligaram do consultório no mesmo dia falando que todas as consultas estavam canceladas.

Quando indagou o motivo do cancelamento, a secretária do médico apenas respondeu que o MT-Saúde não estava cobrindo os atendimentos. “É revoltando, a gente paga pra ser atendido, e quando vai buscar esse atendimento, não tem?!”, desabafou. 


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