Levantamento mostra MT entre os 7 piores do país

O recebimento do benefício do Bolsa Família implica em algumas contrapartidas que as famílias devem prestar contas ao governo, como a garantia de que os filhos estudam e frequentam uma escola regularmente. Embora o índice de alunos que cumpriram a condicionalidade do programa seja alta (95.9%), Mato Grosso ainda está entre os 7 piores estados do país.

Segundo o levantamento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Estado tem 245 mil e 262 alunos beneficiados pelo Bolsa Família. A média de alunos que tiveram informações de frequência cadastrados no Sistema Presença foi 84.2%. Já a quantidade de estudantes que cumpriram essa frequência foi de 95.9%. Esses dados são referentes ao período de abril e maio deste ano.

Mato Grosso perde apenas para os estados de Minas Gerais com 95.2%; Mato Grosso do Sul com 94.1%; Rio Grande do Sul com 93.6%; Rio de Janeiro com 93.5%; Espírito Santo marcando 90.7% e, por último, São Paulo com 90.1%.

Municípios de MT

Em Cuiabá, 33 mil e 919 alunos recebem o benefício do Bolsa Família. Foram acompanhados 29 mil e 249, um índice de 86.2%. Desses 28 mil e 708 cumpriram as condições do programa, alcançando 98.2%.

Em Várzea Grande, o total de beneficiados chega a 22 mil e 357. Foram acompanhados 18 mil e 884, isto é, 84.5%. Conforme a pesquisa, 18 mil e 422 ou 97.6% cumpriram a condicionalidade.

Os municípios com o melhor índice - 100% - foram Água Boa, Araguainha, Canabrava do Norte, Feliz Natal, Nova Lacerda, Pontal do Araguaia, Santa Cruz do Xingu, Santo Antônio do Leste, Santo Antônio do Leverger, São José do Povo, São José do Xingu, Tapurah e Tesouro.

O pior índice ficou com a cidade de Tabaporã 79.1%, seguido por Santa Rita do Trivelato com 81.8% e Alto Araguaia. com 82.5%.

O coordenador geral de Acompanhamento de Condicionalidades do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rodrigo Lofrano, destaca que “famílias com crianças e adolescentes que deixaram de ir às escolas por motivos justificáveis, como doença ou insuficiência de vaga no serviço educacional, não sofrem bloqueio no benefício".

As famílias com dificuldade em cumprir as condicionalidades podem ter seus benefícios bloqueados e suspensos. Os cancelamentos, porém, só ocorrem em último caso, após acompanhamento da assistência social.