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SAMU EM MT: 49% não contamcom a cobertura


06-07-2015 15:14 - DANTIELLE VENTURINI

Aproximadamente 49% da população mato-grossense ainda não conta com a cobertura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Dados do Ministério da Saúde apontam que esse ano a população coberta pelos serviços no Estado é pouco mais de 1.672 milhão e apenas 21,9% dos municípios de Mato Grosso, ou seja 31 cidades, são atendidas pelo serviço de emergência.


Ao todo o Estado conta com 10 ambulâncias do Samu para o atendimento de toda a baixada cuiabana. Oito desses carros estão na
Grande Cuiabá, sendo cinco na capital e três em Várzea Grande, e mais dois carros estão divididos entre Chapada dos Guimarães e
Poconé. Ao que aparenta o número de ambulâncias é insuficiente para o atendimento da demanda que tem crescido o que, muitas 
vezes, acaba ocasionando longas esperas para o atendimento, além de inúmeras reclamações de usuários.

Diretor do Samu, Vicente Manoel de Deus Neto reconhece que o Estado precisa de melhorias no serviço já que a demanda tem aumentado ao longo dos anos, por isso ele afirma que foi iniciado um estudo para identificar qual a melhor forma de atender de
forma plena o Estado com os serviços do Samu. “Estamos em uma fase de novas análises, novos estudos para se verificar qual é
o modelo ideal de gestão para o atendimento com eficiência do Estado”.

Neto reconhece que o sistema é limitado, mas afirma que o número de ambulâncias ainda está dentro dos parâmetros aceitáveis internacionalmente para o bom atendimento à população. Mas é nesse contexto de melhorar o atendimento que o diretor explica que estão sendo pensadas novas formas de se trabalhar as estatísticas de atendimento, para que o serviço possa melhorar ainda
mais. Segundo ele, alguns parâmetros podem colaborar para o melhor resultado de atendimento como, por exemplo, determinar
além de dias e horários, os locais onde estão os maiores índices de acidentes na Grande Cuiabá. Hoje, de acordo com o diretor, os principais dias em que o Samu tem maior número de ocorrências são quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, sendo o sábado o dia de menor demanda entre os quatro.

O diretor explica ainda que além do número de ambulâncias, outro fatores muitas vezes colaboram com a demora no atendimento. “É sim necessário ampliar o sistema, a população cresceu e precisamos de mais ambulâncias, isso é fato. Mas além do número de ambulâncias, algumas intercorrências colaboram em alguns momentos para demora no atendimento”. Segundo ele, muitas vezes os trotes, os congestionamentos no trânsito, ou o congestionamento da linha de atendimento do 192, ou até mesmo a fila de espera de atendimentos
podem ocasionar um maior tempo de resposta às ocorrências.

Conforme ele, a central de regulação determina os atendimentos conforme a urgência. “Se temos, por exemplo, as oito viaturas em atendimento e chegam outras demandas as viaturas são liberadas conforme a chegada no sistema, mas também pelo filtro médico regulador”. Ele reconhece que para quem necessita do atendimento um minuto vale ouro, mas explica que são protocolos 
de segurança que precisam ser respeitados. O diretor lembra ainda que a maioria dos acidentes é de trânsito e que muitas vezes envolve muito sangue e as ambulâncias precisam ser limpas antes de atender outra ocorrência, para assim garantir segurança aos pacientes.

Lembra ainda que com a demanda crescente, a dinâmica nunca será suficiente. “Claro que precisamos expandir, mas a procura 
sempre será maior. Hoje com oito ambulâncias eu tenho problemas, se eu colocar 15 continuarei tendo”. 

 

TODOS OS DIAS: Média de 70 atendimentos

No primeiro semestre desse ano cerca de 70 pessoas foram atendidas por dia pelo Serviço de Atendimento de Urgência (Samu) no Estado. Dados da Secretaria de Estado de Saúde apontam que 12.722 atendimentos foram feitos de janeiro a junho. No ano passado, o número total de atendimentos chegou a quase 25 mil durante todo ano. O Ministério da Saúde repassou, de janeiro a julho de 2015, R$ 4,9 milhões para o Mato Grosso custear todos os serviços.


Com a quantidade de atendimentos feitos pelo Samu, a vida útil das ambulâncias é um dos principais pontos que acaba atrapalhando um
aumento no número da frota. De acordo com o diretor do Samu, Vicente Manoel de Deus Neto, os carros rodam em média três mil quilômetros mês e quando o Estado consegue recursos para aumentar a frota, ela precisa, muitas, vezes é ser substituída. “Quando estamos tentando ampliar, na verdade já começamos a nos preocupar em substituir. Um veículo desse a cada três anos tem que ser substituído, pois são veículos que andam muito além de que as condições das vias, muitas vezes, não colaboram para a conservação das
unidades”. 

De acordo com o diretor, todas as ambulâncias estão rodando em boas condições, todas com os devidos equipamentos para o atendimento da população de acordo com o que determina a legislação. 

“Estamos também em processo de aquisição de novos equipamentos, pois é comum que alguns precisem ser trocados de tempos em tempos, e essa reposição é feita”.

Ele lembra ainda que os veículos recebem toda manutenção corretiva e preventiva, mas é comum sim ocorrer de alguns veículos quebrarem até mesmo em atendimento, porém quando há casos de alguma das ambulâncias estragar, existe o carro reserva que são ambulâncias algumas vezes mais rodadas, que estão prontas para substituir. “Acontece muitas vezes de a viatura estragar, o que não
é demérito nenhum, já que são veículos dos quais se exige muito, por tanto temos sempre um carro reserva”. (DV)


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