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MULHERES: Uma vida de exames


29-06-2015 09:39 - JOANICE DE DEUS

O rol de exames preventivos que as mulheres têm que fazer ao longo da vida é imenso. Entre os primeiros da lista, estão o papanicolau e a mamografia que, juntos, levando-se em consideração os critérios ou faixa etária recomendada, somariam 62 exames que cada uma precisaria realizar até os 60 anos. Porém, por mais que a avaliação anual seja fortemente recomendada pelos especialistas, muitas mulheres deixam de realizar o check-up regularmente.

Estudos nacionais com base no suplemento Saúde da Pesquisa Nacional de Amostras Domiciliares (PNAD) do IBGE 2003 mostram que a disponibilidade do serviço no sistema de saúde, a falta de conhecimento sobre a importância de realizar os exames, o tipo de acolhimento recebido, vergonha, dificuldades financeiras e de transporte, ou mesmo não ter com quem deixar os filhos, estão entre os principais motivos que determinam ou não a adesão das mulheres aos preventivos.

Ter um plano de saúde também é um dos fatores que podem influenciar a realização desses exames. De acordo com informações da Revista Brasileira de Epidemiologia, “a chance de realização de exame preventivo de câncer de colo de útero é 26,1% maior no grupo de mulheres com plano de saúde do que no grupo das mulheres sem plano”.

Mas, ainda assim, não garante que a mulher faça suas consultas de rotinas anualmente ou conforme a orientação médica.

“Sempre quando vou ao médico, ele já pede os exames necessários. Mas, como não ando sentindo nada, já tem um tempinho que não faço nenhuma consulta”, comentou a funcionária pública Silbene Vieira, de 31 anos, que tem plano de saúde. “Um plano de saúde não fica barato, mas é bom ter o caso de uma emergência”, acrescentou.

Já Maria da Glória de Arruda França, 43 anos, e a filha Anita Marcelle, de 18, não têm convênio e garantem não encontrar dificuldade para conseguir consultas com ginecologista pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, por isso, conseguem realizar o papanicolau, que detecta o câncer do colo do útero, anualmente.

Entretanto, Maria da Glória admite que prefere pagar para realizar os exames solicitados e que já faz algum tempo que não realiza a mamografia. “Já fiz a mamografia há algum tempo, mas aperta muito, dói”, justifica.

ROTINA – Apenas o médico é capaz de avaliar a necessidade os exames necessários para cada pessoa e com que frequência ou sob quais circunstâncias devem ser feitos. Entretanto, de acordo com a idade, especialistas orientam que alguns devem ser rotina.

“Quando a mulher começa ter atividade sexual, hoje em média entre os 16 e os 18 anos, ela tem que fazer o papanicolau uma vez por ano. Mas, antes também é bom que procure o médico para ser orientada sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e de uma gravidez indesejada”, informou o ginecologista e mastologista Aguiar Farina.

Aos 40 anos, a mulher já começa a fazer a mamografia, essencial para detectar de forma precoce o câncer de mama. Se houver casos na família, o primeiro é recomendado que seja feito aos 35 anos. Além disso, muitos médicos completam este exame com o ultrassom de mamas. “Também há outros específicos, de sangue e dosagem hormonal, como colesterol, triglicérides e de glicemia”, destacou Farina.

Já se a mulher apresentar algum fator de risco cardiovascular, como obesidade, sedentarismo ou possui histórico familiar, também deve acompanhar a saúde do coração. O teste ergométrico revelará se há ou não a necessidade de realizar testes complementares, como o eletrocardiograma de esforço, que diagnostica arritmias cardíacas e obstruções nas artérias.

Também faz parte da lista o de densitometria óssea, que detecta a presença de osteoporose. Neste caso, a orientação é que seja feito anualmente, após a menopausa.  


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