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Adufmat quer paralisar o Júlio Müller


24-06-2015 12:36 - YURI RAMIRES

A coordenação do curso de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) desconhece a possibilidade de adesão à greve da instituição por parte dos professores e estudantes que atendem no Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), em Cuiabá. Os docentes da UFMT estão em greve desde o dia 28 do mês passado.

Estudantes que preferem não se identificar contaram ao Diário que a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) estaria pressionando os médicos e residentes para aderir ao movimento e paralisar as atividades. A argumentação da categoria seria de que a não participação deles “é injusta”.

O Centro Acadêmico de Medicina esclareceu que, historicamente, os professores do HUJM não aderem à greve “para não comprometer os atendimentos à população, bem como não prejudicar os estudantes e internos que estão na reta final do curso, prestes a se formar”.

Os estudantes disseram que não acham certo parar e lembraram que, caso haja a adesão, ao menos 160 estudantes que atendem nas clínicas do local vão deixar de trabalhar.

Como o hospital agora é gerido pela EBSERH – Hospitais Universitários Federais, parte do corpo médico é contratado e não há nenhuma relação direta com a universidade e com a greve dos docentes, logo, os atendimentos não serão zerados.

A coordenação do curso informou ao Diário que até a tarde de ontem não havia nenhuma informação sobre a adesão dos docentes da área. A administração do Júlio Müller também informou que desconhece a informação.

“Se não aderiram até agora, acho difícil entrarem agora”, lembrou o Centro Acadêmico. A reportagem entrou em contato com a Adufmat, mas não obteve retorno até o fechamento.

Entretanto, a greve dos docentes segue firme. Na semana passada, eles se reuniram para avaliar o movimento que já dura quase um mês. Os professores querem “melhorias na condição de trabalho, autonomia universitária, reestruturação da carreira e valorização da categoria”.

REFORMAS NO HUJM – 25% das cirurgias marcadas para acontecer na unidade, serão realizadas na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. Acontece que o Centro Cirúrgico e a Clínica Cirúrgica do Júlio Müller estão fechados temporariamente para reforma.

Foi informado ainda que só serão realizadas cirurgias obstétricas de urgência em uma área de isolamento que foi preparada no local. “Felizmente, conseguimos com a Santa Casa manter parte de nossas atividades cirúrgicas. A interrupção será apenas parcial” lembrou o superintendente do HUJM, Francisco Souto.  


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