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LAVA JATO: Henry teria recebido propina em dólares


24-06-2015 12:35 - RAFAEL COSTA

O ex-deputado federal por Mato Grosso, Pedro Henry (PP) é suspeito de receber propina da empresa Braskem, petroquímica ligada à Odebrecht. A revelação veio à tona com a acareação na segunda-feira (22) do ex-diretor de abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef realizada na Polícia Federal em Curitiba (PR).

Ambos firmaram delação premiada e contribuem com as investigações relacionadas à Operação Lava Jato, que apura um esquema bilionário de desvio de dinheiro público da Petrobras.

Uma quantia de R$ 5 milhões de dólares em propina foi distribuída aos membros da bancada do PP (Partido Progressista) no período de 2006 a 2012 e contemplou, além de Pedro Henry, o ex-deputado Pedro Corrêa, também já condenado no julgamento do mensalão, Nelson Meurer, João Pizzolati, Mario Negromonte, Luiz Fernando Sobrinho, José Otávio, Arthur de Lira, Dudu da Fonte e Aguinaldo Ribeiro e os senadores Ciro Nogueira e Benedito de Lira.

Conforme divulgado pela revista Veja, no esquema de pagamento de propina, o dinheiro era desembolsado para acelerar a compra de nafta, composto proveniente do petróleo utilizado como matéria-prima do setor.

O deputado federal Pedro Henry (PP) é apontado pela Procuradoria-Geral da República como um dos responsáveis em articular a paralisia de votação no Congresso Nacional para forçar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitar a indicação do PP e nomear o servidor de carreira, Paulo Roberto Costa, para a diretoria de abastecimento da Petrobras.

Por conta disso, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de inquérito contra o ex-parlamentar mato-grossense, o que foi acatado pelo ministro Teori Zavascki.

Henry já havia sido citado pelo doleiro Alberto Youssef em depoimento ao juiz federal do Paraná, Sérgio Moro, como resultado de sua delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).

Conforme o doleiro, os parlamentares e ex-parlamentares do PP recebiam repasses mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil da "cota" da legenda no esquema de corrupção que atuava dentro da Petrobras.

O PP é o partido que mais detém políticos investigados em inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Um dos suspeitos de cometer ilícitos é o presidente nacional do partido, o senador Ciro Nogueira (PI).

Após ser condenado pelo STF a 7 anos e 2 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no processo do “mensalão”, Henry renunciou ao mandato na Câmara dos Deputados. Atualmente, cumpre pena no regime semiaberto em Cuiabá.  


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