O Senado Federal lança em Cuiabá na segunda-feira (22) a campanha Mais Mulheres na Política - a Reforma que o Brasil Precisa. O evento começará às 9 horas na Assembleia Legislativa e é promovido pela Procuradoria Especial da Mulher do Senado e pela Secretaria de Mulheres da Câmara dos Deputados em parceria com o Legislativo Estadual.
A ideia é reunir parlamentares, prefeitas, vereadoras, lideranças femininas de partidos políticos, entidades e de movimentos sociais.
O evento em Cuiabá será coordenado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), procuradora Especial da Mulher, senadora Marta Suplicy (sem partido-SP) e o senador mato-grossense José Medeiros (PPS).
A campanha tem o objetivo de chamar a atenção de parlamentares e da sociedade para que durante a discussão da reforma política seja incluída a reserva de 30% das cadeiras para as mulheres nos três níveis do Parlamento brasileiro. Atualmente, o índice corresponde a 10%.
O senador José Medeiros explica que a ideia de lançar a campanha em todo o país é para se discutir localmente a presença feminina no parlamento e as medidas para aumentar essa participação no Congresso Nacional e na vida política.
“É preciso aumentar a participação da mulher na política para que se promova um espaço ainda mais igualitário para ambos os gêneros, tanto no Congresso Nacional, quanto nos parlamentos estaduais e municipais de todo o país”, disse o senador mato-grossense.
O mapa sobre “Mulheres na Política 2015”, elaborado pela Organização das Nações unidas (ONU), aponta que o Brasil ocupa apenas a 124ª posição em um ranking de 188 países em relação à igualdade de gênero e à participação de mulheres na vida pública, ficando de países árabes e africanos.
Na América Latina, o Brasil está à frente apenas do Haiti. Na América do Sul, o Brasil é o último em termos de representação feminina.
Em março, a bancada feminina lançou a campanha “Mais Mulheres na Política”. Além da PEC 23/2015, que garante 30% das vagas no Poder Legislativo por gênero, o grupo defende a PEC 24/2015, que torna obrigatória uma vaga por gênero quando da renovação de dois terços do Senado.
O Brasil detém 52% de eleitores mulheres, mas a representatividade feminina no Parlamento corresponde a 10%.