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Governo afirma que irá manter as OSSs


11-06-2015 16:46 - Rodivaldo Ribeiro

Um novo consórcio com característica de Parceria Público-Privada (PPP) irá assumir os hospitais de Sinop (500 quilômetros de Cuiabá), atualmente sob intervenção, e Sorriso (420 quilômetros da capital), interditado pelo governo na terça-feira (09), informou a Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quarta (10).

A SES também disse que ontem mesmo já foi realizada em Sorriso uma reunião para tratar de como serão traçados os limites dessa PPP. Ambos hospitais eram administrados anteriormente pelas chamadas Organizações Sociais de Saúde (OSS), trazidas para Mato Grosso em 2012, durante a gestão do ex-secretário de saúde condenado pelo Mensalão Pedro Henry (PP). Em Sinop, o governador Pedro Taques (PDT) prometeu inaugurar amanhã (12) 10 novos leitos de UTI infantil -- seis neonatais e quatro pediátricas -- no Hospital Regional local.

Segundo a SES, as OSS -- empresas privadas contratadas pelo governo para gerenciar os hospitais públicos -- terão seus contratos mantidos enquanto não causarem problemas à população, como atrasos em atendimentos e procedimentos cirúrgicos, nem à administração estadual, como despesas mal aplicadas ou sem comprovação.

O governo reconhece que houve e há problemas em algumas das OSS, como a empresa Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano e Social, que gerenciava o Hospital Regional de Sorriso, interditado ontem pelo poder público, já houve com o Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (IPAS), responsável pelo Hospital Metropolitano, em Várzea Grande -- que retomou recentemente o atendimento normal -, e o hospital Regional de Sinop, ainda sob intervenção.

Mas há acertos, segundo a SES, como os da empresa OSS São Camilo, “que está administrando as unidades hospitalares estaduais de Rondonópolis e de Cáceres, e elas funcionam muito bem”, contou, por telefone, a assessora de comunicação da SES, porque o secretário Marco Aurélio Neves disse que estava “em reunião com vários juízes”.

“O que tínhamos que fazer no momento, nós fizemos em relação a Sorriso. No dia 18 deste mês vamos inaugurar 10 novos leitos de UTI em Rondonópolis”, continuou a comunicação da SES.

O Hospital Metropolitano -- criado para ser a referência no Estado em cirurgias de alta complexidade, como as bariátricas (redução do estômago) e ortopédicas -- teve sua gestão retomada pelo governo após interdição. As cirurgias bariátricas inclusive estavam paradas há dois anos, informaram várias fontes, mas foram retomadas desde janeiro, garante a SES.

Nas mãos do IPAS estavam, além do Metropolitano, as unidades hospitalares de Alta Floresta, Sinop e Colíder.

“Desde janeiro, retomamos as bariátricas no Metropolitano. Na mesma época, retomamos as ortopédicas, que só pararam por duas ou três semanas por problemas num aparelho, mas elas voltaram logo depois”.  


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