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Sinop: hospital paralisa atendimentos e gestantes serão encaminhadas a Sorriso


08-06-2015 15:38 - Herbert de Souza

 O Hospital Santo Antônio (Fundação Comunitária de Saúde) paralisou, esta manhã, os atendimentos de oncologia (tratamento de câncer e tumor) e obstetrícia (gestantes) para os pacientes do Serviço Único de Saúde. A medida, segundo informou, ao Só Notícias, o diretor da unidade, Wellington Randall Arantes, é por falta de contrato. “Simplesmente o hospital não tem mais contrato com o Estado. A parte do SUS não será mais atendida, com exceção daqueles pacientes que ainda estão na unidade”.

A situação criou um “efeito dominó” e prejudica também os atendimentos no Hospital Regional de Sinop. Isso porque, a partir de agora, as gestantes terão que ser encaminhadas ao Hospital Regional de Sorriso. Uma fonte explicou que, neste caso, um dos dois plantonistas terá que fazer o acompanhamento até o município vizinho, o que ainda afeta outros atendimentos na unidade. “São três faixas de atendimento: baixo, moderado e grave. Os pacientes de menor risco já estão sendo alertados para procurarem as Unidades Básicas de Saúde (UBS)”.

Para a fonte, a situação é “vergonhosa” para o município sinopense. “A sociedade precisa ficar a par do que está acontecendo. Isso é prejudicial para a comunidade. Além dos vários problemas que já tínhamos, este é mais um que se soma. São situações que estão se acumulando. Sinop é uma cidade polo e referência na região. Agora, vamos encaminhar para Sorriso, que é um município de menor porte. Falta bom senso para o governo estadual, pois temos emitido os comunicados e ainda não recebemos uma resposta”.

Os plantões médicos no Hospital Regional sinopense também podem ser suspensos devido a atrasos salariais. Segundo a fonte, apenas os pagamentos relacionados a janeiro e março deste ano. Ainda estariam em aberto dezembro do ano passado, fevereiro, abril, maio e indefinido o deste mês. A previsão é que, se os pagamentos não forem regularizados, os plantões serão paralisados em 15 dias. Com a situação alguns médicos também teriam pedido demissão. Dos 11 para escala de plantões, 5 entraram com pedido para sair. A preocupação é quanto a escala do próximo mês que com esse quadro poderá não ser fechada.

Em ofício enviado ao secretário de Estado de Saúde, Marco Bertúlio, datado de 19 de maio, a situação é exposta e além dos problemas nos pagamentos dos salários, outros são destacados, como a suspensão de procedimentos cirúrgicos devido a falta de materiais, rouparia e medicamentos necessários; equipamentos sem manutenção de rotina, ocasionando desgaste e até mesmo a inutilização; falta de combustível em ambulâncias para remoção de pacientes; falta de medicamentos no estoque da farmácia; falta de itens básicos como luvas; falta de rouparia para realização de cirurgias, nas enfermarias e Pronto-Socorro; obra inacabada no Pronto-Socorro e telefones bloqueados devido a falta de pagamento.

Outro lado

Só Notícias tentou contato com a assessoria da Secretaria Estadual de Saúde. No entanto, até o momento, nenhuma resposta oficial foi encaminhada

(Atualizada às 10h39)

 


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