(65) 3661-5615 / (65) 3661-5491
Notícias

SES vira as costas para os servidores em defesa das OSSs


03-10-2012 15:37 - Ascom Sisma

Durante discussão sobre repasses de recursos estaduais da Saúde para os municípios de Mato Grosso, realizada nesta terça-feira, 02 de outubro, na Associação Matogrossende dos Municípios (AMM), a Secretaria de Estado de Saúde virou as costas, literalmente, para as demandas dos servidores públicos do estado. Isso porque os secretários municipais de saúde e servidores presentes começaram a questionar a proposta do governo, que prioriza as parcerias com as Organizações Sociais (OSS’s) em detrimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso (Sisma/MT) e o Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindmed/MT) organizaram os trabalhadores em um Ato em frente a Secretaria de Estado da Saúde, que foi trancada e ninguém “que não trabalhasse na SES”, segundo o segurança, pode entrar enquanto os servidores permaneceram no local. Apenas uma fresta ficou aberta para quem quisesse sair, mas os servidores que trabalham no prédio e que denunciam várias situações de precariedade não puseram os pés na rua.

 

Nem o apelo da presidente do Sisma/MT, Alzita Ormond, conseguiu mover os servidores. “Pessoal do nível central, vamos mostrar que a gente serve a população e não ao secretário de saúde”, disse no microfone. Não houve resposta dos servidores, que muito provavelmente estavam acuados, já que a secretaria tem utilizado amplamente de retaliações e repreensões contra os servidores que questionam o novo modelo de gestão (OSS).

 

Depois disso, os manifestantes, acompanhados pelas presidentes das duas categorias (servidores e médicos), foram até a reunião da Comissão Intergestora Bipartite (CIB) na AMM, sobre os repasses aos municípios nos meses de setembro até dezembro. Depois da exposição de duas propostas, uma do Governo e outra do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS/MT) o secretário de Saúde de Chapada dos Guimarães, Amaury Ângelo Gonzaga iniciou o verdadeiro debate.

 

“Há quanto tempo as unidades de Cuiabá, Várzea Grande e outras regiões padecem por falta de uma política clara de gestão do SUS pelo Governo do Estado? Eu quero saber como eu vou fechar o ano com o SUS do jeito que está, conquistado pelo povo. Com as OSS’s fora da jogada”,  questionou Gonzaga.

 

Aplaudido pelos presentes, o secretário de Chapada gerou um claro constrangimento por parte da representante da Secretaria de Estado, a secretária adjunta de Gestão Estratégica, Maria Conceição Encarnação Villa, que utilizou o microfone para dizer que não estava apta para responder sobre isso e encerrar a reunião. Logo depois, sob vaias, ela simplesmente se retirou as pressas do auditório.  

 

Houve também indisposição entre os representantes municipais e o secretário interino de Saúde de Cuiabá Euze Carvalho que, a despeito dos outros gestores, alegou que o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá seria prejudicado se a proposta de repasse feita pelo Cosems fosse aprovada, como os outros defenderam. Como a proposta, seguindo o regimento do Conselho, deveria ser aprovada por consenso e o representante de Cuiabá não retirou sua objeção, as propostas de repasse serão agora apreciadas pelo Conselho Estadual de Saúde do Estado.

 

A presidente do Sisma/MT reiterou a posição da entidade, na defesa do SUS. “O secretário de Saúde disse que a nossa postura é política. Eu digo que é, sim. A nossa política é o SUS e nós queremos o SUS 100% público”.

 

Saiba mais sobre a CIB e o Cosems clicando aqui.


Deixe Seu Comentário


Links rápidos