Protesto durou 24 horas e contou com orientações à população até passeata pela região da sede do governo de MT e a Assembleia Legislativa; trabalhadores cobram melhorias na infraestrutura de unidades de saúde e reajuste de 7,2% no salário
Cerca de mil servidores públicos da saúde de Mato Grosso paralisaram atividades ontem (2) em protesto às condições de trabalho e o sucateamento nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.
A mobilização, que durou 24 horas, contou com a presença de funcionários da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Ciaps Adauto Botelho, Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidades de Mato Grosso (Cermac), MT Laboratório e Hemocentro.
Pela manhã, durante manifesto, servidores deram orientações de saúde pública à população na Praça Alencastro, Centro de Cuiabá. À tarde, realizou passeata pelo Centro Político Administrativo da capital, finalizando na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
No total, a categoria apresentou uma lista com 17 reivindicações. Entre as prioritárias estão: a retirada das Organizações Sociais de Saúde (OSS) da gestão das unidades do SUS em Mato Grosso; realização de concurso público; melhorias nas condições estruturais nas unidades e escritórios; cumprimento da NR 32, norma que tem por finalidade estabelecer diretrizes de segurança e saúde do trabalhador da saúde e o pagamento do reajuste de 7,5% na data-base da categoria.
A vice- presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde, Tatiana Neves, explica que os profissionais chegam a fazer cotas para comprar medicamentos para pacientes. “Precisamos de condições dignas de trabalho, de ter mobiliários, infraestrutura e medicamentos. Temos que pagar para trabalhar”, diz.
Em nota, o governo do Estado informa que considera pertinentes as reivindicações dos servidores, e que já está trabalhando para atendê-las dentro do contexto financeiro e orçamentário. Para se ter uma ideia, em 2013, 188 mil pessoas se internaram em hospitais com atendimento pelo SUS no Estado.