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TRANSPORTE: Sindicato anuncia greve e depois recua


26-05-2015 12:27 - JOANICE DE DEUS

Sem chegar a um acordo com o sindicato patronal (STU), os trabalhadores do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande anunciou que iria iniciar hoje uma greve por tempo indeterminado, mas no final do dia recuou, após decisão da Justiça do Trabalho. A paralisação afetaria cerca de 400 mil passageiros que utilizam o transporte diariamente nas duas cidades.

A desembargadora Maria Beatriz Teodoro Gomes, do Tribunal Regional do Trabalho, deferiu o pedido da Associação Mato-grossense de Transportes Urbanos (AMTU), e exigiu o funcionamento de 70% da frota de ônibus em horários de pico durante a greve, o que fez com que o sindicato recuasse e voltasse à mesa de negociações.

Conforme a liminar judicial, 70% da frota deveria estar em circulação entre as 5h30 e 9h; 11h e 14h e 17h e 20h. Nos demais horários, a determinação impunha o funcionamento de 50% da frota, sob pena de multa de R$ 30 mil por dia, caso a exigência não seja cumprida.

“A gente vem negociando há 60 dias e a proposta patronal até agora não agradou os trabalhadores”, disse ontem, durante entrevista coletiva, o presidente do Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestre (Sttet/Cuiabá e Região), Ledevino da Conceição.

Segundo ele, os 2.500 profissionais, dos quais 1.800 motoristas, iniciariam as negociações pedindo 20% de reajuste salarial. Desde então, a categoria reconsiderou e chegou a um piso de R$ 2 mil (11%) para motorista, que atualmente recebe R$ 1.800.

Entretanto, eles também querem 10% para os trabalhadores dos demais setores, R$ 150,00 de ticket alimentação, que hoje é de R$ 100,00, e abono de R$ 250,00 (atualmente, R$ 230,00). “Esses são os pontos cruciais”, afirmou.

A proposta do STU é aplicar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor de 8,32% em todos os itens de reivindicações.

 


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