A decisão do Governo do Estado em parcelar o reajuste dos servidores públicos decorrente da reposição inflacionária provocou uma crise no Palácio Paiaguas. Nesta segunda-feira, quando os secretários de Gestão, Júlio Modesto, e de Fazenda, Paulo Crustolin, se reúnem com o Fórum Sindical, quatro sindicatos foram barrados da rodada de negociações.
Segundo as informações, representantes de servidores do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), Unemat, da Secretaria de Infraestrutura e da Procuradoria do Estado foram proibidos pelo próprio Fórum Sindical de comparecer a sala onde ocorre a reunião com os representantes das demais categorias. O Governo acatou a decisão do Fórum, mas se comprometeu a se reunir com os representantes das categorias vetadas ainda nesta segunda-feira.
A atitude gerou revolta destas categorias. Com palavras de ordem, os servidores das três categorias manifestam na ante-sala da Secretaria de Gestão. Eles cobram participação na reunião.
As quatro categorias foram as mais incisivas no protesto da última semana. O servidores do Detran paralisaram as atividades na quinta-feira e impediram a entrada de populares e de outros servidores no órgão. Unidades do interior também foram fechadas.
A crise entre o Governo e servidores começou quando foi anunciado que seriam concedidos neste mês de maio 3,11% de reposição inflacionária. Outros 3,11% seriam concedidos de acordo com a evolução da arrecadação estadual.
Na última semana, ficou agendada a reunião desta segunda-feira, onde os servidores esperam um proposta do Governo do Estado. A expectativa é de que seja apresentada uma data para a concessão do índice de 6,22% da recomposição salarial.
GREVE GERAL
Após a reunião desta segunda-feira, diversas categorias do funcionalismo público devem realizar assembleias para analisar a proposta do poder executivo. Os servidores do Detran, por exemplo, se reúnem amanhã, às 16h30, e não descartam greve geral.
Polilciais militares e bombeiros também devem realizar assembleia nesta semana. Em encontro na semana passada, eles afirmaram que não aceitariam o parcelamento da recomposição salarial e do aumento real acordado com a gestão anterior.