Pacientes começam a sentir os efeitos da falta de insulina

“Investimentos em obras ou educação podem esperar, mas a saúde não espera, é morte”. A afirmação é do diabético Maurício Silva de Oliveira, de 46 anos sobre a falta de insulina na Farmácia de Alto Custo do Estado.

Desde o começo do ano, os pacientes estão sem o medicamento e, aqueles que não têm condições de pagar pela insulina, enfrentam dificuldades para realizar corretamente o tratamento da doença.

“É uma humilhação o que nós pacientes passamos para conseguir as insulinas. Esperamos na Farmácia o dia inteiro para um funcionário vim falar que não tem o medicamento”, relatou Maurício.

Maurício é diabético há 15 anos. No fim do ano passado, ele recebeu o diagnóstico de que não conseguiria mais controlar o açúcar no sangue através de comprimidos.

Desde então, ele precisa aplicar 0,45 ml de insulina, todos os dias.

Com a falta do medicamento na Farmácia de Alto Custo, Maurício contou que precisa pagar R$ 110 por cada ampola. Por mês, ele precisa de cinco.

“Sabemos que tem o recurso para comprar o medicamento, mas alguém está segurando o dinheiro”, reclamou.

Maurício lembrou que, sem o tratamento adequado para o diabetes, a doença pode provocar outras complicações, como problemas cardíacos.

“Um dia que ficamos sem tomar a insulina já sentimos efeitos negativos”, contou.

Outro lado

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde afirmou que os medicamentos em falta na Farmácia de Alto Custo serão repostos nesta semana.

Segundo a assessoria, os remédios estavam em falta porque o governo passado não realizou nenhum processo de compras e, por conta disso, a Farmácia ficou sem estoque.

O processo licitatório para o repasse dos remédios, conforme a assessoria, só foi feito no início do ano.