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HANSENÍASE: Diagnóstico precoce é essencial


19-05-2015 14:03 - YURI RAMIRES

As formas do combate, diagnóstico e tratamento da hanseníase foram debatidas ontem na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, uma vez que o Estado ainda é campeão nacional em casos e incidência da doença. Só em 2014, foram diagnosticados 2.557 casos, conforme a Secretaria de Estado de Saúde.

Para tratar sobre o assunto, do Instituto Oswaldo Cruz veio o médico José Augusto da Costa Nery, que afirmou que a doença deveria ser tratada com mais atenção nas faculdades que formam os profissionais que vão diagnosticar os pacientes.

“Quando os estudantes chegam, a gente pergunta quanto tempo eles tiveram para discutir sobre isso na especialização de dermatologia; é tão pouco, que fica difícil trabalhar. O atendimento básico fica difícil de ser feito”, disse ele.

Conforme o médico, o diagnóstico da hanseníase não é difícil, mas exige envolvimento de uma equipe multidisciplinar. Além de examinar as lesões, ele defende uma conversa aprofundada com o paciente, para respaldar a suspeita.

Foi ressaltado que as lesões iniciais podem ser confundidas com problemas dermatológicos. Sendo assim, quanto mais tempo se perde no diagnóstico, bem como no tratamento, maiores são as possibilidade de contaminação de parentes e amigos. Estima-se que cada caso não diagnosticado gera ao menos duas novas infecções.

Conforme o deputado Leonardo Albuquerque, é hora de encarar o problema e buscar a solução e, assim, atingir o objetivo. “Precisamos melhorar a qualidade dos atendimentos, não queremos mais ocupar essa posição. Começamos hoje a mudar isso, vamos buscar uma solução e mostrar a experiência”, ressaltou.

Conforme dados do Ministério da Saúde divulgados no começo deste ano, a prevalência em Mato Grosso é de 7,69 casos para cada grupo de 10 mil habitantes. Isso significa que o índice é de 38%.

Ao menos R$ 2 milhões em recursos do Estado vão ser destinados aos programas do Plano de Desenvolvimento, visando a reduzir o aparecimento de novos casos.

Dados parciais mostram que 3.181 pessoas tratam a doença atualmente em Mato grosso. Vale ressaltar que, independentemente do diagnóstico, a hanseníase tem cura.  


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