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Plano Estratégico do Hospital Julio Müller começa a ser elaborado


12-05-2015 18:51 - Folha Max

"O trabalho que começa hoje é uma oportunidade de repensar o hospital para os próximos anos, décadas. O Plano Diretor Estratégico (PDE) nos coloca um trajeto a seguir para atingir excelência e qualidade", resume o diretor-superintendente do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT), Francisco Souto, durante a apresentação da metodologia do trabalho. O PDE começou a ser elaborado no HUJM a partir de um projeto desenvolvido em uma parceria firmada entre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação, e o Hospital Sírio-Libanês - centro de referência internacional em saúde.

As atividades tiveram início no encontro realizado no hospital paulista com a participação de profissionais do Júlio Müller e de outros hospitais filiados a Ebserh. Com o auxílio da equipe do Sírio-Libanês, cinco macros desafios foram identificados no Julio Müller: a infraestrutura; a gestão de pessoas; a relação entre a docência e a assistência; a gestão hospitalar; e a gestão da clinica, que está em fase avançada de planejamento. Durante o primeiro treinamento, em São Paulo, a representação gráfica dos problemas relacionados à “Gestão da Clínica” foi desenhada pelo grupo, formando uma árvore.

A chamada “árvore de problemas” faz parte do Planejamento Estratégico Situacional criado pelo economista chileno Carlos Matus. O Chefe do Setor Administrativo, Fernando Davoli, explica que este modelo difere do Plano Estratégico Tradicional porque pensa no futuro, mas considera os atuais obstáculos. "Ele faz uma análise situacional, estabelecendo quais são os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças enfrentadas pelo hospital, incluindo os atores sociais que participam desse processo", enfatiza. Na Gestão da Clínica, Davoli cita algumas dificuldades identificadas, como a ausência de uma comissão de padronização de insumo; e a falta ou desconhecimento de protocolos clínicos assistenciais. Como consequência pode ocorrer aumento dos custos e baixa na produtividade. Alguns aspectos geram os chamados nós críticos.

O superintendente exemplifica o que seriam esses nós críticos. “A falta de indicadores quantitativos e qualitativos do hospital está relacionada à falta de uso dos protocolos clínicos assistenciais. A ausência da comissão de padronização de insumos influência no trabalho da clínica porque a comissão ajuda a controlar a falta de produto. São características do problema na gestão clinica", pontua Souto, ressaltando que a próxima arvore a ser desenhada será da Gestão Hospitalar e Infraestrutura. Quando todas as árvores macros estiverem formadas, as ações que visam solucionar as falhas serão definidas. Seguindo assim a ordem: o plano diretor estratégico situacional, o plano tático e o plano operacional.

Se tratando dos protocolos da Clínica, para o gerente de Ensino e Pesquisa, Cor Jesus Fontes, é preciso fazer uma "avaliação das tecnologias de saúde e o custo-benefício delas para o hospital. Saber o que chega (insumos) e o que deve sair porque não vale mais. Para isso, é preciso ter protocolos que geram informação", enfatiza. Fontes ressalta que a metodologia adotada trabalha quatro pilares: a segurança do paciente, a qualidade do atendimento, a satisfação do paciente e o custo hospitalar.

Conforme o Gerente Administrativo do hospital, Cassiano Falleiros, o desenvolvimento do plano será discutido no coletivo. "Vamos trazer mais pessoas para participar da construção do planejamento". A apresentação da metodologia do plano diretor estratégico foi realizada na manhã da ultima quinta-feira (7) para alguns setores e poderá ser repetida.

No início desta semana, entre os dias 11 e 12 de maio, uma equipe do Hospital Sírio-Libanês contribuirá com o planejamento das “árvores” da Infraestrutura e da Gestão Hospitalar. 


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