(65) 3661-5615 / (65) 3661-5491
Clipping

Cuiabá é a 5ª cidade em desperdício


12-05-2015 15:14 - Rodivaldo Ribeiro

A capital do Estado de Mato Grosso é a quinta cidade que mais desperdiça água tratada em todo o país, aponta estudo do Instituto Trata Brasil, divulgado pelo Ministério das Cidades há poucos dias. Nossos vizinhos da segunda maior cidade do Estado, Várzea Grande, também faz feio ao receber o título de sétima mais gastadora do líquido essencial à vida.

Em números, isso quer dizer que o cuiabano, em média - por diversos motivos -, dá um jeito de jogar fora 67 de cada 100 litros de água já tratada, enquanto o várzea-grandense some com um pouco menos, cerca de 56 de cada 100 litros. O estudo foi realizado em exatamente 100 cidades.

Os motivos de desperdiçarmos água suficiente pra mudar a vida de comunidades inteiras na África, por exemplo, são vários e vão das ligações clandestinas e vazamentos às obras mal executadas e infraestrutura antiga. Fatores que nos guindaram às incômodas posições entre as 10 cidades mais vazantes e desperdiçadoras do país.

Pra piorar, sumimos com uma água que, no fim, não chega a toda a população: na capital, 7% não sabem o que é água tratada e, em Várzea Grande, quase 2% não a recebem. Isso tudo para, ainda segundo dados do Trata Brasil, um índice de perda de 67,29% (em distribuição) em Cuiabá e de 64,35% em Várzea Grande, ambas no ano de 2013, o mais recente em que o estudo foi realizado. E não é só porque a água não vai para o usufruto da população que o prejuízo é considerável. Ele também é sentido no bolso, pois acabamos pagando por uma água que não consumimos, já que escoam pelo ralo pelo menos R$ 8 bilhões/ano. Óbvio que o valor médio de consumo cobrado seria menor se essas perdas não ocorressem.

 

Porém, é claro que devemos sempre nos lembrar de que água é um bem de usufruto comum. E o exemplo é brutal. Para se ter uma ideia, somente com o volume perdido há dois anos, daria para encher seis vezes e meia todo o Sistema Cantareira, aquele mesmo que ficou famoso por secar e junto fazer São Paulo sofrer, com 990 milhões de litros de água, suficientes para abastecer, durante meses, 8,8 milhões de pessoas.
 


Deixe Seu Comentário


Links rápidos