Mulher agride funcionária de UPA em Cuiabá ao alegar demora; veja vídeo

Uma mulher agrediu a recepcionista da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do Bairro Morada do Ouro (UPA), em Cuiabá, nesta segunda-feira (11), quando o marido aguardava para ser atendido. O repositor de supermercado Alessandro Nestor de Campos, de 19 anos, contou que ele e a mulher se revoltaram em razão de uma pessoa ter furado a fila de espera e a atendente tratar os pacientes com descaso. A Secretaria de Saúde do município alegou, por meio de nota, que não houve favorecimento a nenhum paciente.

Alessandro contou que aguardava pela consulta havia mais de 4 horas. Segundo ele, a recepcionista teria permitido que a irmã de um policial militar passasse à frente dos demais pacientes. Todos que estavam no aguardo teriam se revoltado, mas que apenas ele se dirigiu até ela para tomar satisfação e gritou com a recepcionista.

Ele tinha ido até a unidade de saúde em busca de atendimento porque estava sentindo dores no corpo e a demora o deixou irritado, principalmente depois desse suposto privilégio a uma jovem que não estava na fila e teria sido atendida primeiro.
"Todos nós [pacientes] ficamos revoltados. Minha esposa e eu fomos até lá para saber o que ela tem melhor que os outros pacientes que estavam esperando. E, então, a recepcionista debochou de nós e ficou rindo. Já estava cansado de esperar. Infelizmente de cabeça quente, acabamos agredindo-a. Reconheço que erramos, mas já estamos cansados com o descaso no atendimento público”, afirmou.

Carla contou que o marido tinha brigado com a atendente e, depois dele ter sido retirado pelos policiais que fazem a segurança do local, ela foi até o balcão porque a recepcionista teria supostamente debochado de Alessandro. "Quando meu marido foi retirado da UPA, a funcionária ficou rindo, debochando. Fui lá dei uns tapas nela', disse.

Após a agressão, Alessandro e a mulher dele Carla Regina dos Santos Macanhã, de 26 anos, foram atendidos. Em seguida, eles foram encaminhados para a Central de Flagrantes da capital. Um boletim de ocorrência foi registrado. "Saímos de lá apenas sabendo que iremos responder por agressão e ameaça”, contou. Uma audiência já está marcada para o dia 8 de junho.

O vídeo registrado pela jornalista Eduarda Fernandes e mostra o momento em que Carla vai até o balcão e agride a funcionaria. Um monitor de computador cai no chão. Depois, ela é retirada da unidade por um homem. Do lado de fora, Alessandro é segurado por um policial militar.

A secretaria informou, por meio da assessoria de imprensa, que são priorizados os atendimentos de urgência e emergência e que, por isso, se alguém chegar à unidade apresentando este quadro será atendido com maior agilidade, mas alegou que nenhum paciente fica sem atendimento.

"Alguns usuários por não concordarem com este critério de prioridades acabam se exaltando e assim ofendendo e até agredindo os servidores que se desdobram para atender a população da melhor maneira possível, dentro das condições disponíveis", diz trecho da nota. 

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