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Governo republica balanço fiscal e deputado aponta divergências nos números


08-05-2015 13:59 - Laíse Lucatelli

O relatório de gestão fiscal do Governo do Estado foi republicado com números diferentes do que havia sido divulgado inicialmente. O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) chamou a atenção para a publicação, que saiu no Diário Oficial do dia 30 de abril, dois dias após o próprio deputado contestar os números do governo em audiência pública para apresentação do balanço fiscal do 3º quadrimestre de 2014.

O governo divulgou que havia R$ 84 mil na fonte 100 no dia 2 de janeiro, e aqui está escrito R$ 220,968 milhões em caixa. Outra contradição está nos restos a pagar. Eu disse que eram R$ 200 milhões. O governo primeiro falou que era R$ 700 milhões, depois R$ 900 milhões. Agora republicaram o valor de R$ 340 milhões. Eles não convenceram ninguém e agora estão republicando, com novos números. Talvez eles tenham republicado porque ficaram com medo de serem confrontados”, disse Pinheiro em entrevista, mostrando a publicação do novo balanço.

O parlamentar criticou a divergência nos números das duas versões do balanço, e afirmou que é preciso haver mais firmeza nas informações fornecidas pelo governo. “É difícil negociar com um governo que toda hora diverge os números. O governador Pedro Taques (PDT) é um homem honesto e bem intencionado, mas isso não está em discussão. A discussão é que o governo não se encontrou ainda com relação ao balanço parcial e total que eles mesmos publicaram. Os números são contraditórios”, disse.

Ajustes de balanço

O secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, afirmou que não houve divergência nos números, mas apenas alguns ajustes de balanço. Ele explicou a diferença na Conta Única do Estado como resultado de estornos feitos em janeiro pelo Banco do Brasil de pagamentos que foram autorizados no apagar das luzes do governo Silval Barbosa (PMDB), no dia 31 de dezembro, no valor de R$ 63 milhões.

“Os números essenciais não mudaram, como os restos a pagar. O deputado usou números incompletos para criticar, pois a soma total dos restos a pagar é R$ 912 milhões. Estão tentando polemizar uma coisa que não existe. Eu volto a repetir a pergunta que fiz para o deputado no dia da audiência pública: se tinha tanto dinheiro em caixa, porque a gestão passada deixou R$ 912 milhões em dívidas sem pagar?”, disse.

A assessoria da Sefaz informou que há variação nos números dos dois relatórios porque o primeiro, publicado em janeiro, foi feito em caráter preliminar, já que tinha que ser entregue ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) até 31 de janeiro. Os números que constam no relatório de abril são, segundo a assessoria, os dados consolidados do balanço, e já foram entregues novamente ao TCE, à Caixa Econômica Federal e à Secretaria do Tesouro Nacional (STN). 


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