Profissionais de Saúde Coletiva na UFMT buscam apoio da Câmara

Representantes do curso de Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva (ISC), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), estiveram na Câmara Municipal de Cuiabá em busca de apoio para a efetivação da carreira no Estado e na Capital bem como a valorização desses profissionais no fortalecimento do sistema público de saúde.

A convite do vereador Paulo Araújo (PSD), a diretora do Instituto de Saúde Coletiva, nutricionista Gisela Soares Brunken, utilizou a tribuna livre para divulgar a importância do curso, as áreas de atuação dos profissionais e a necessidade de inserir os profissionais sanitaristas no Sistema Único de Saúde (SUS) para contribuírem com planejamento e gestão de maneira preventiva. O bacharel em Saúde Coletiva, Klisman Ananias dos Santos, também fez fala na tribuna e disse que o apoio dos vereadores é essencial para abrir diálogo com a Prefeitura para a inserção desse profissional no serviço público da saúde de Cuiabá.

As galerias da Câmara ficaram lotadas com a participação de estudantes, professores e egressos da primeira turma do curso aberta em 2010 e concluída em 2014. São profissionais já formados em busca de espaço no mercado de trabalho para contribuírem com a saúde pública na Capital e no Estado. Mas para isso, precisam do apoio e compromisso da classe política para a regulamentação da profissão e inserção no âmbito do Sistema Único de Saúde.

“Hoje temos 18 pessoas formadas e prontas para trabalhar na área. A gente está querendo trabalhar, ajudar os demais profissionais da saúde. Queremos somar e compor um corpo de trabalhador já pronto para oferecer à população cuiabana a saúde de qualidade que merecemos e temos direito. Queremos ter o trabalhador no SUS para ajudar de forma mais rápida”, destacou Gisela.

Ela ressaltou que a atuação do bacharel em saúde coletiva em área estratégica da saúde em Cuiabá resultará em melhoria dos indicadores epidemiológicos da população por meio da otimização do processo de trabalho e de gestão. A profissão de sanitarista e técnico sanitarista aguarda regulamentação no Senado Federal. O projeto de lei 205/2014 foi apresentado em 2014 pela senadora Lídice da Mata. O projeto está na Comissão de Assuntos Sociais para regulamentação da profissão.

Por sua vez, o bacharel Klisman Ananias destacou que a Câmara de Vereadores tem um papel importante, pois os parlamentares estão na ponta, nos bairros, nas unidades de saúde identificando as demandas e podem contribuir com a Prefeitura. “Somos profissionais capacitados para atuar no serviço público de saúde em Cuiabá. Viemos pedir apoio de todos os vereadores e esperamos contar com a articulação e conversa com o prefeito Mauro Mendes para inserir esse profissional no serviço público da saúde de Cuiabá”, pontuou.

Os sanitaristas agem de forma ampliada desde o ato da promoção, prevenção da saúde até o assistencialismo a quem necessitar.

Epidemiologia, planejamento e gestão e ciências sociais em saúde são o tripé na formação desses profissionais. Na semana do calouro realizada em março deste ano na UFMT pelo Instituto de Saúde Coletiva (ISC), foi realizada uma mesa redonda sobre a inserção do sanitarista na área de saúde em Mato Grosso e no município de Cuiabá. O vereador Paulo Araújo participou do evento e se comprometeu a ampliar a discussão no Legislativo Municipal.

Durante a sessão noturna desta terça-feira (5), Paulo informou que já conversou com todos os vereadores que manifestaram apoio no sentido de ajudar a incorporar o perfil do profissional da saúde coletiva à gestão da saúde pública. “Até porque é uma necessidade premente de discutirmos a política de saúde. Todos nós sabemos que a saúde pública em Cuiabá e Mato Grosso não vai bem e precisamos incorporar novas tecnologias, novos profissionais, com novos perfis que possam dar sugestões para um melhor controle da saúde pública”.