(65) 3661-5615 / (65) 3661-5491
Clipping

Lixo toma conta do pronto-socorro de VG


07-05-2015 14:30 -

Com uma produção de lixo que varia entre 250 e 350 quilos por dia, o Pronto-Socorro de Várzea Grande conta com coleta de resíduos comuns e hospitalares no máximo duas vezes por semana, o que resulta em acúmulo de lixo, mau cheiro e atrai insetos, como baratas. O material produzido pela unidade de saúde é dividido em lixo comum e hospitalar.

O primeiro tipo acumula entre 150 e 200 quilos diariamente. Em relação ao resíduo hospitalar, a produção varia entre 100 e 150 quilos. O material fica condicionado em um espaço específico, anexo ao PS.

A parte dos fundos da unidade tem mau cheiro em decorrência do material não coletado. A presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Eliana Siqueira, aponta que a situação pode resultar em complicação do estado de saúde dos pacientes.

Destaca que baratas e formigas perambulam nesse ambiente e podem carregar bactérias para dentro da unidade. Cita ainda que o espaço fica próximo ao refeitório e enfermarias.

O intenso mau cheiro por si só já é bastante incomodo. “Tem ainda o material hospitalar que vira uma verdadeira cultura de bactérias e isso é muito grave”.

O recolhimento do lixo hospitalar faz parte da pauta de reivindicação do Sindimed, que esta semana participou de audiência de conciliação com a Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, intermediada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.Segundo o subsecretário de Atenção Terciária de Várzea Grande, Itamar Lourenço da Silva, não há nada de anormal no procedimento adotado pela gestão do PS quanto ao lixo e a coleta esporádica.

Cita que em dias de menor movimento, a coleta é feita somente uma vez por semana.Eliana destaca que a prática não é comum e a coleta deveria ocorrer de forma que não acumulasse da forma como se encontra. “Cada vez que o conteiner enche, a empresa deveria ser acionada para recolher os resíduos. Isso não acontece porque a Prefeitura deve a empresa, que nem contrato tem”.

Sobre a forma de condicionamento do material, que fica parcialmente a céu a aberto, o subsecretário frisa que não há problema, pois o lixo está todo acondicionado em sacos plásticos, seguindo as normas. O material comum é colocado em sacolas plásticas pretas e o hospitalar em sanito branco, para diferenciar e identificar os resíduos.

Entende-se por lixo hospitalar todo material que não pode ser descartado juntamente com o comum. Luvas, seringas, gases, entre outros elementos. Embora afirme que o acondicionamento é totalmente correto, dentro do depósito são encontradas luvas usadas e gases sujas fora dos sanitos. Baratas também fazem parte do conjunto.A coleta deste tipo de material é feita pela empresa CGR que há dois meses reduziu o serviço para uma vez por semana em decorrência da falta de pagamento. Silva aponta que a situação já está regularizada e o contrato está chegando ao final da vigência em dois meses. A partir deste prazo, será feita licitação para escolha de nova empresa. O lixo comum é coletado pela própria Prefeitura, que também é responsável pelo recolhimento dos resíduos residenciais. 


Deixe Seu Comentário


Links rápidos