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Entidades descobrem procedimentos superfaturados praticados através do MT Saúde


26-09-2012 15:37 - Expresso MT

 “Isso é um ‘assalto’ aos cofres públicos do estado, que consequentemente esvazia sim é o bolso do cidadão, dos nossos servidores que utilizam o plano”. Esta foi a conclusão em tom de protesto da presidente Diany Dias, após comparar os preços cobrados em cirurgias e outros procedimentos realizados através do MT Saúde, cuja disparidade de valores é gritante, se  comparada entre os hospitais de Cuiabá e instituições hospitalares via planos locais e de outros estados. O representante do Sinterp-MT, Gilmar Brunetto, já vinha pesquisando a respeito, e conseguiu depoimentos de usuários e documentos que comprovam as diferenças alarmantes nos custos cirúrgicos.

A indignação da presidente vem desde a constatação “in loco” da crítica realidade do MT Saúde no processo de fiscalização na sede do plano desde o dia 20 de agosto deste ano. Por fim, o flagrante de dados e depoimentos que justificam o caos do plano de saúde, o qual se apresenta praticamente falido.  “Falido sim, porque não cumprem com débitos que arrolam desde o ano passado, e repercutem no atendimento ao usuário de maneira aviltante, pois ele paga rigorosa e mensalmente, mas não tem hospital nem médico para atendê-lo. E nesse quadro absurdo, o servidor e seu beneficiário assistem ‘de camarote’ seu dinheiro esvair pelo ralo, e de forma humilhante, são negligenciados ao pedirem socorro em busca do que é mais precioso para sua vida: a saúde. O que se percebe é que o governo não vê que o usuário paga 70% do plano, e que a obrigação do estado é fazer sua parte, contribuindo para que ele tenha o resultado merecido”, protestou a sindicalista.

Gilmar Brunetto conversou com uma usuária, que se mostrou assustada com os diferenciais em custo de uma cirurgia, que pelo MT Saúde só o orçamento dos materiais usados no procedimento cirúrgico, foi de R$ 47.749,70, e num  plano local custa bem menos que a metade, totalizando R$ 19.341,00; e ainda, na cidade de Ribeirão Preto - SP, cai para R$ 12.000,00.

“Percebendo o abuso com o dinheiro público, a usuária procurou o Sinterp”, afirmou o gestor do sindicato, acrescentando mais um caso envolvendo uma paciente que já está em Ribeirão Preto para realizar uma cirurgia com prótese. Pelo MT Saúde o procedimento custaria R$ 24.000,00; R$ 26.024,28, e R$ 28.000,00, uma vez que a operadora do plano exige três orçamentos; entretanto, em outro estado, o custo equivale até menos que 50% destes valores, apenas R$ 12.000,00.

Devido à disparidade de preços, se comparados ao MT Saúde e ainda aos planos locais, cogitou-se a possibilidade do atendimento hospitalar com baixo custo não ser de qualidade, ou a cirurgia não ter bom êxito. Entretanto, o depoimento de uma usuária que implantou uma prótese em Riberão Preto – SP certifica que tudo transcorreu da melhor forma. “O médico disse que a cirurgia era de urgência, e Íamos fazer aqui no hospital Santa Rosa, mas no mesmo dia ligaram de Ribeirão Preto, e como tinha ótimas recomendações do médico de lá, que é especialista só em joelho - o Dr. Flávio - e também não iríamos gastar nada, com tudo pago, de avião e hospedagem em hotel, decidimos viajar. Minha irmã foi muito bem tratada no hospital de lá, quando operada no dia 04/08, e ela passa muito bem. As pessoas que quiserem ir lá e fazer essa cirurgia, podem ir sem medo, pois não há perigo nenhum”, assegurou.

“Conforme informamos com um dos usuários, os materiais são os mesmos, portanto, esses dados só vêm confirmar o que já desconfiávamos em relação aos procedimentos pagos pelo MT Saúde para as operadoras anteriores à atual São Francisco”, afirmou Brunetto, acrescentando que o próximo passo será requerer do MT Saúde cópia de todos os pagamentos feitos nos últimos dois anos, de todos os procedimentos realizados. “Caso fique comprovado o superfaturamento serão tomadas as medidas judiciais para que esse dinheiro retorne ao plano. Infelizmente a classe médica delapidou nosso plano”, finalizou.


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