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OSS - Em reunião com o governador, servidores de Cáceres apontam problemas da gestão


13-03-2015 18:02 - Ascom Sisma/Luana Soutos

 Os servidores do Hospital Regional de Cáceres apontaram diversos problemas do Hospital nesta sexta-feira, 13 de março, em reunião com o governador de Mato Grosso, Pedro Taques. A unidade é gerida pela Organização Social Associação Congregação de Santa Catarina desde 2011. A reunião, que teria caráter informal, segundo sua assessoria, contou com a presença de diversos deputados estaduais, vereadores e prefeitos.

O Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma/MT) foi o primeiro a se manifestar no debate – aberto apenas para 6 intervenções -, por meio da vice-presidente Tatiana Neves. Ela perguntou como fica a questão previdenciária para os trabalhadores do SUS com as OSS, já que os trabalhadores contratados sem concurso público recolhem para o INSS e não para o MTPrev.

A vice-presidente também perguntou sobre a questão do SAMU em Parceria Público Privada e afirmou que o Sindicato recebe inúmeras denuncias relacionadas a assédio moral em Cáceres.

O governador afirmou que acredita numa Saúde Pública de qualidade e que pretende reestatizar o SUS, mas reafirmou, como tem feito depois de eleito, que não será precipitado em  romper com as Organizações Sociais sem observar os prós e contra. “Nós vivemos num estado capitalista, então a iniciativa privada na Saúde é constitucional – dentro dos princípios, primeiro saúde pública, depois filantrópicas e depois privado. Mas como em todos os setores, há Organizações Sociais que funcionam e outras não, e a gente não pode generalizar. Eu vou confessar que recebo elogios e reclamações, mas não vou julgar sem conhecer”.

Sobre a questão da previdência, o governador disse que precisaria se informar melhor sobre a natureza jurídica do caso e sobre o SAMU, defende que seja municipalizado.

A diretora do Sisma/MT em Cáceres, Célia Carvalho, servidora do Hospital Regional de Cáceres, também falou em nome dos servidores. Ela denunciou a má qualidade dos atendimentos que acabam gerando sequelas nos pacientes. “O número de atendimento aumentou, em detrimento da qualidade. Nessa gestão houve um aumento gritante no número de sequelados por falta de atendimento adequado. As pessoas saem daqui e depois volta uma ou mais vezes, o que não seria necessário se fosse feito o procedimento correto”.

Pedro Taques disse que está muito preocupado com isso e perguntou qual seria a solução, prontamente respondida pela diretora: concurso público e investimento na saúde pública.

A servidora Olga Alvarez, psiquiatra da unidade também denunciou. Segundo ela, o Hospital Regional de Cáceres, que é referência na região, não tem resolutividade em tratamentos de alta complexidade, tal como TRM (Traumatismo Raquimedular), além de observar que a judicialização da Saúde é uma "vergonha".

Em suas falas, o secretário estadual de Saúde, Marco Bertúlio, ressaltou a importância da aproximação entre gestão e servidores e garantiu que viabilizará mecanismos de interlocução direta para que seja possível obter resultados em tempo real. 

Mesmo depois do debate, a preocupação do Sindicato com a questão previdenciária persiste. “Estamos sem concurso há 13 anos. Com a gestão por OSS, onde escoa muito dinheiro público sem resolutividade, qualidade e efetividade, em pouco mais de 15 anos estaremos com a carreia do SUS estadual extinta. Quem vai pagar as aposentadorias dos servidores?”, comentou a vice-presidente.  

Entre os políticos presentes, estavam o secretários de estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo Duarte, de Agricultura Familiar, Suelme Evangelista e de Desenvolvimento Regional, Eduardo Moura; o secretário-adjunto de Ciência e Tecnologia, Aluizio Leite; os deputados federais Fabio Garcia e Ezequiel Fonseca; e os deputados estaduais Guilherme Maluf, Wilson Santos, Max Russi, Wancley Carvalho, Leonardo Albuquerque e Saturnino Masson.

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