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Saúde em Alerta: Situação crítica na Unidade III do Ciaps Adauto Botelho chega a nível máximo


19-05-2014 11:02 - Jaqueline Siqueira

A falta de estrutura física, falta de medicamentos e materiais para atendimento digno aos pacientes do SUS já não é novidade nas unidades de Saúde de Mato Grosso, porém a situação na Unidade III do Centro Integrado de Apoio Psicossocial (Ciaps) Adauto Botelho que recebe internação masculina está crítica. Na busca de intermediar soluções aos problemas enfrentados pelos trabalhadores a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma), Alzita Ormond, acompanhada da advogada Ana Lucia Ricarte se reuniu na manhã desta quinta feira (15 de maio) com servidores da Unidade III para tratar de pontos pautados pelos filiados.

O atendimento na unidade é destinado à pacientes do sexo masculino, com idade igual ou superior a 18 anos, por demanda espontânea e encaminhada por várias áreas: saúde, trabalho, escola, justiça, etc.

No local deveria ser feito o atendimento visando à desintoxicação, pois a unidade é destinada aos casos graves, e constitui-se como recurso terapêutico importante no processo de recuperação, porém o que realmente vem acontecendo é o contrario do que a Unidade e seus trabalhadores se propõem. Com a falta de medicamentos e matérias de arte terapia os pacientes ficam ociosos, ainda mais alterados, o que coloca em risco a vida de outros pacientes e dos servidores que ali trabalham.

O atendimento que deveria cumprir as etapas de acolhimento: avaliação, diagnóstico e modalidade terapêutica recomendada e tendo um período de previsão para desintoxicação hospitalar avaliado caso acaso, no entanto, recomenda-se um período não superior à 45 dias, acaba se tornando ainda mais prejudicial a saúde de todos que ali permanecem.

A presidente do Sisma lembrou que um dossiê contendo as informações sobre a situação crítica das unidades de Saúde do Estado como: Cerest, Hemocentro, Mt Laboratório, Ciaps Adauto Botelho, entre outras já foi encaminhado ao então gestor da Saúde, Mauri Rodrigues, com cópia para o Mistério Público do Estado e Ministério Público Federal, porém até o momento nenhuma ação considerável foi tomada. “O caos está instalado na Saúde de Mato Grosso, a burocracia das licitações e até a pouco tempo atrás a com a existência dos Núcleos Sistêmicos e a falta de vontade política do gestor pouco podíamos fazer, agora temos um novo panorama, vamos em busca, novamente, de ações e temos certeza que desta vez seremos ouvidos pelos gestores que ali estão”, afirma confiante Ormond.

A explanação da Dra Ana Lucia Ricarte veio de encontro com os ensejo dos servidores, que com muita atenção indagaram e tiraram dúvidas de como proceder diante da falta de insumos e estrutura para o trabalho.

Além das condições de trabalho, foram debatidas ainda outras 5 pautas, sendo: Plantões, Dúvidas sobre a alteração de carga horária de 30 horas para Assistentes Sociais, Processos do Limbo, Ações de URV e o Índice de Reajuste Salarial.

A reunião foi encerrada tendo sanadas todas as dúvidas dos presentes e já firmando compromisso de lutar para a efetivação do direito dos profissionais de saúde que ali estão, terem condições dignas de prestar atendimento eficaz e eficiente aos usuários dos serviços do SUS.

 

 


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